terça-feira, março 13, 2007

Não leiam… tinha de despejar para algum lado… acabou por ser aqui…

[definitivamente sou uma pessoa confusa e, ligeiramente, aah… não sei… (a expressão mais recorrente dos últimos tempos)]

Vim mais cedo para a faculdade… a estas horas e logo numa segunda-feira não tenho vontade para nada… não me apetece ir estudar, não me apetece ir para a biblioteca folhear livro e livros que no fim de contas nunca têm o que procuro, nem se quer me apetece ir para o bar e ficar lá até aparecer alguém… só para falar um bocado, contar as novas do fim-de-semana ou quem sabe até rir um pouco. Sim, porque mais que isso parece difícil…



Ultimamente, tem sido complicado dizer mais qualquer coisa que não sejam banalidades, piadas, estupidez… Não é que essas coisas não sejam importantes, porque são. Ás vezes é bom falar de nada, ajuda a descontrair e a passar um bom bocado sem pensar em coisas sérias… Pois… Mas também cansa!

Definitivamente, faz falta não ter ninguém com quem ter uma conversa séria, com quem partilhar, no verdadeiro sentido da palavra, ideias novas… sim porque discutir impingindo ao outro as nossas ideias já deu o que tinha dar, pelo menos comigo. Não é que eu não acate as opiniões dos outros, pelo contrário, levo-as muito em conta, às vezes até demais. Mas por que não limitarmo-nos a mostrar ao outro que há outras formas de ver as coisas? E quando falo em ideias novas, refiro-me a opiniões genuínas, autênticas, sim, porque estou farta de clichés e de quem fala só por que parece bem e porque dá jeito seguir o resto da carneirada.

Às vezes, dou por mim a pensar que era bom falar dos meus problemas, das minhas tristezas, das minhas angústias com alguém que as compreendesse… Mas considerando bem, eu não tenho uma vida lá muito difícil – (não falando do básico – saúde, comida, tecto…) não ando por aí deprimida e a chorar pelos cantos, não tenho problemas de amores não correspondidos ou arruinados (um bocado difícil quando não se tem o mínimo interesse por ninguém), vivo no seio de uma família que considero bastante saudável, não tenho problemas na faculdade (e um ou outro que tem aparecido não são nada que não se resolva em Setembro)… Acho que no fim de contas sou feliz…



Por vezes, quando tomo consciência disto, penso que, provavelmente, tanta facilidade na vida não fez ainda crescer, amadurecer, ganhar um traquejo razoável que me permita lidar com possíveis problemas futuros. O que me assusta… a nível imediato por razões obvias, já relativamente ao futuro que quero ter e que ando a preparar com tanto esforço, receio não ser, um dia, capaz de compreender correctamente os problemas. Serei eu capaz de me por na pele de um paciente sem nunca ter vivido ou assistido a problemas semelhantes aos seus?

Acho que a minha sorte é o conforto que sinto ao aperceber-me de que ter consciência de tudo isto já é um sinal de maturidade e de preocupação em ser melhor (acho eu… talvez ande enganada… se assim for, deixem estar…).

Mas parece que ultimamente, assim como “grão a grão enche a galinha o papo” pequenos problemas estão a deixar-me tão triste, irritada, farta!! Não lhes chamaria sequer problemas, talvez descontentamentos, não sei… são “cenas” que para mim são insignificantes, estúpidas, mesmo, mas que por serem tantas vezes repetidas e por serem feitas tão banalmente tomam proporções enormes e, aí sim, criam problemas, conflitos em mim que tenho dificuldade em resolver…

- Primeiro queixa-se porque não os tem e depois quando aparecem também não os quer!

Eu sei... É por estas e por outras incongruências, que eu própria detecto e assumo, que não falo com ninguém (às vezes é difícil) e nem queria escrever isto aqui no blog, não é assim que se resolvem as coisas… (Ah é verdade!... Já não estou na faculdade… ia ainda no inicio quando fui “interrompida” pela Cátia, que é uma fixe! Agora são 2 da manha e por impulso, depois de saber mais umas “cenas” tive de vir escrever mais um bocado…)

Mas vou falar com quem? Maioria dos meus amigos (Joana, se leres isto, tens de notar os progressos, não disse colegas!) não iam perceber e íamos começar a rir-nos sem dizer nada de jeito… Sim essa é outra… Quando estou em situações embaraçosas, ou que me causem alguma tensão, não digo nada de sério, fujo, ligeiramente às questões e faço rir os outros. O que é estúpido! E se soubessem como isso me enerva nos outros… Mas atenção não me estou a referir a circunstâncias em que tenho de falar de assuntos absolutamente sérios, aí “comporto-me” e sou completamente sincera, gosto das coisas bem esclarecidas e parto sempre do principio de que somos todos adultos, de que sabemos do que estamos a falar e de que é mesmo “a falar que a gente se entende” (olh’ó belo do cliché!). Também não vou falar de tudo com os meus pais porque pais são pais. Eles até são uns porreiros, meeesmo, dão-me uns conselhos fixes (têm de incluir fixe no vocabulário português… palavra parvinha para a minha idade, mas dá um jeitinho…) e gostam sempre de saber das minhas histórias, até de mais quando têm tempo…

Com aqueles amigos mais próximos, parece que também está difícil…

Por falta de disponibilidade, por falta de confiança (sim porque até com estes a confiança não existe ou perde-se), porque não dá para ter uma conversa séria, sem que se fale de assuntos fúteis ou parvoíce, porque estão demasiados centrados em si, porque não há uma sintonia (é chato quando não sou constantemente entendida. E já não exijo que seja à primeira…), porque têm uma ideia completamente errada de mim (e ainda são capazes de dizer que me conhecem perfeitamente…), sei lá… não dá… Não estou a dizer que são todos assim, que são sempre assim, que a culpa não é minha (é? Se sim avisem, mesmo!), que eu também não sou assim…

Sinto-me tão triste quando não posso estar à vontade com quem era suposto não ter nenhuma preocupação deste género. Ter cuidado com as palavras, para não revelar nada que seja segredo ou para não ofender ninguém que tira sempre as piores ilações (que nem nos passam pela cabeça) do que dizemos, não é propriamente normal entre um grupo de amigos…

Sinto-me triste quando vejo que não conheço, verdadeiramente, as pessoas… Não é que faça tensão de as conhecer profundamente, ninguém é obrigado a contar-me a sua vida, mas serei assim tão pouco digna da confiança de um amigo, ao ponto de não o reconhecer em situações para as quais, na minha ignorância, não arranjo explicação…

Sinto-me triste com traições.


Ainda dizem que os amigos não são só para os bons momentos, são também para os maus… sim… a frase é muito linda… então faço o meu papel. Estou ali para o que der e vier, mesmo à custa de alguns sapos engolidos a muito custo, vou-me preocupando e dando apoio, essas coisas todas a que um amigo tem direito… Ah e que fique esclarecido que dar apoio, pelo menos na minha opinião, não é apenas mandar mensagens de 2 em 2 minutos, por exemplo. Definitivamente acho que a amizade não se mede pelo número de mensagens enviadas ou recebidas. Como estava a dizer, estou lá nos maus momentos (dentro do possível, dias ocupados e falta de bola de cristal não permitem muito mais…) e no fim de contas apercebo-me do seguinte: “ah… e os bons momentos onde estão?” E ainda se faz um esforço para que aconteçam, o que nem sempre é reconhecido… Na boa…



Já parava de escrever…

Então, é mesmo isso, termino com dois versos de uma musiquita que aprendi há imenso tempo, mas que nunca esqueci (mais palavra menos palavra…). Na altura achei-a gira, hoje (como já deu para ver…) ainda tem algum significado para mim, e é recorrente nos meus pensamentos quando reflicto sobres “estas coisas das amizades e não sei quê”…

“Uma amizade não tem meio-termo, para valer mesmo tens de te entregar.”

“E se não gostares da minha atitude não digas aos outros, diz antes a mim.”

Eu gostava, mas sei que ás vezes é tão difícil fazer isto…

Pensando bem, do que é que nos vale um amigo que não seja amigo por inteiro? Um amigo com o qual, de forma mutua, só se possa contar às vezes - quando convém - e com o qual só se partilhe algumas coisas - o que convém?

E se quando vemos que algo está errado, do que nos vale ir contar a outro? Assim nada vai mudar e o problema vai se arrastando…

Beijo para todos (vou dormir)!

Para o pessoal do gang, os mais frequentes leitores do bloguituh e para os restantes amigos (se tiverem lido, claro): não enfiem carapuças, amores… não vale a pena, acho eu…

7 comentários:

Anónimo disse...

cucu!!!

sim! eu sou uma leitora assídua do teu blog!! ah pois é!!!

eu n enfiei a carapuça, mas achei q podia vir aqui dz qq coisinha!!

e dz tb q concordo ctg! e q é mt mau se t sentes assim "asfixiada" qd estás n meio de quem gostas!! faz um esforço, fala c eles abertamente! se vires q n dá... parte pr outra!

*****(eu sei q n estou ctg há mt tempo, mas eu gmtdt!)******

Anónimo disse...

amor...
As coisas não têm estado muito bem. Peço-te desculpa por tudo isso, não por, como tu dizes, enfiar a carapuça, mas porque sei que algumas das coisas são dirigidas a mim, porque sei que as fiz.
Por isso tudo, peço-te desculpa. Volto a pedir, assim como o fiz hoje à tarde.
Peço-te desculpa por palavras, olhares, actos que te possam ter magoado e que compreendo perfeitamente que o tenham feito. Até porque se fosse ao contrário, n sei, não posso afirmar, mas muito provavelmente sentiria o mesmo.
Assim, agradeço-te também por termos resolvido tudo! sabes que te adoro, que te amo, que quero que as coisas voltem ao que eram:) Eu irei portar-me para que as coisas resultem!
Peço-te também que não sejas muito dura comigo, expliquei-te os meus pontos de vista, os meus sentimentos, o que achava, o que não achava... E sinceramente, acho que fizemos o melhor que poderíamos fazer, ser sinceras uma com a outra!

Quanto ao que acho que não me é dirigido, compreendo perfeitamente o que sentes, também eu me sinto assim por vezes.
Sooooo, let's talkit óver:)


Deste modo, acabo este "commentzinho" na esperança que me perdoes...desculpa.
Amo-te*

Anónimo disse...

LoL...o meu nome tava ali pahhhh =D...ohhh amori, dsculpa lá ter "interrompido" =D eheh!...amori, o teu texto tá msm bonito!gostei bue de ler!! sim sim! li tudinho! =) sabes k aki a açoreana tmb consegue falar a sério (sim é verdade!!=P) e k kuand kiseres desabafar ou passar um bom bocado, vai ali pros lados de celas (sim, celas e NÃO chelas! =/ humpfff) para akele pardieiro ao kual xamamos "casa" pa nos rirmos um bocadinho com a joana a fazer saladas na sala!=D bjão gand amori ***** txi amu

filipa disse...

e viste os emos?...
o que me animava mesmo era tu deixares-me filmar-te a dizer "eu gosto dos emos... emo boy..." (a tremer o queixinho, claro...)
bj* e interrompe sempre meu amor açoriano!

Anónimo disse...

Depois de ler o teu bloguituh, fico preocupada contigo...pelas tuas preocupações, sobretudo com tudo aquilo que esperas dos amigos e no fundo não encontras. Mas isso é natural! Não se pode exigir que os outros sejam iguais a nós, por dificil que seja de aceitar, essa é uma grande verdade! Por vezes, com os nossos gestos e atitudes, parecempos querer incutir nos ostros a nossa forma de ser, porque nos parece ser a mais acertuada. E certamente que até é. Mas a verdade é que cada um se revela de acordo com a sua personalidade. Temos que saber filtrar as coisas boas e as más em cada um. Cada pessoa tem o seu lado bom e o seu lado mau. Temos que saber conviver com os dois. Compreendo perfeitamente quando nos damos sem medida a outro e em troca muitas vezes temos apenas a ingratidão e a incompreensão. Mas não nos podemos deixar avalar com tais situações. Isso apenas revela quem são os verdadeiros amigos.Por vezes esse teu lado adulto, tão genuino em ti, desde cedo, pode de alguma forma inibir alguns amigos perante situações menos corretctas, de se abrirem contigo! Mas isso não tem mal. Tu não tens que ser aquilo que os outros gostariam que fosses. Tu tens que ser como és. Senão seriamos todos iguais e isso seria uma grande chatice. Quanto à desilusão com a realidade, tambem isso faz parte da vida e sobretudo da tua idade. Interessa ter a certeza, que tens sempre os teus pais ao teu lado para te ajudarem, porque esses sim são sempre os teus verdadeiros amigos e querem sempre o melhor para ti. Ainda que queiram saber muito da tua vida...mas só assim poderão saber como estar ao teu lado. Depois quanto aos problemas em teu redor, ainda que os tomemos como nossos, por vezes é dificil encontrar uma solução correcta. Importante é saber escutar os outros. E se queremos ajudar, teremos que nos colocar de fora do problema, para tentar encontrar a forma de ajudar. Quando nos envolvemos demais, o sofrimento e a angustia que partilhamos, não nos deixam encontrar a serenidade possivel para conseguir ajudar. Sendo eu mais velha, muitas vezes olho para tras e também me sinto desiludida com as amizades... mas isso é bom sinal! è sinal de muito sobretudo que da nossa parte houve atitudes positivas - a de fazer um amigo! Quem não tem estas desilusões, certamente nunca teve um amigo ou certamente vive no seu casulo distanciado da vida, rodeado do seu egocentrismo. Continua a ser o que és, mesmo no meio dos disas mais sombrios. Por de tras de uma nuvem, existe sempre um lindo sol a brilhar para ti! Vais ser concerteza uma bonita profissional, naquilo que se desenhar para ti. Vais ter concerteza uma resposta para dar aos que te procurarem. Essas respostas também chegaraão com fruto da experiencia da vida e do nosso trabalho. Não tens que passar pelo sofrimento, para entender um dia o que busca em ti uma resposta. Afinal quem é que não sabe o que é sofrer? Não é preciso experimentar! Será que o dia a dia, as noticias e tudo o que vamos vendo pelo mundo não é suficiente para saber o que é sofrimento? Ah se tivessemos uma bola de cristal!!! Que bom seria! Então essa necessidade de encontrar soluções já é significativa! Já demonstra a nossa capacidade de ver o que está mal e que carece de resposta positiva ou seja de ajuda. Essa ajuda tu avis saber dar certamente, com a tua generosidade e com o teu profissionalismo que há-de resultar da tua experiencia. Olha ninguem nasce a saber fazer bolos!!!! E po primeiro até pode sair mal e até o segundo quem sabe!!! Depois lá virá um principe encantado para saborear esse bolo contigo!!!A felicidade surge quando menos esperamos! Ter saude, familia, amigos, um trabalho mais tarde já são uma grande felicidade! Por vezes quando olhamos a infelicidade dos outros é que damos conta do quanto temos para nos termos como felizes! Não desanimes!!!

Anónimo disse...

Esqueci-me de te dizer mais uma coisa: há dias que parecem não ter fim e não ha´vontade de fazer nada. Mas afinal tu até nem tens muito de que te queixar! Verdade? ès uma menina com bons aproveitamentos! Verdade? Pode ser dificil o futuro em termos de trabalho, sobretudo pela oferta que é muita! Mas vale a pena ter ferramentas!!! O teu curso! Quem não as tiver terá mais dificuldades certamente! Do teu esforço há-de vir um dia bons resultados.

filipa disse...

oh mae, assim n vale... :') foste tu q escrevest isto, n foste?